terça-feira, 28 de abril de 2009

Desenvolvimento cognitivo...

Após o estudo do texto Epistemologia genética e construção do conhecimento, parei para observar em que fase do desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget, se encontra meu filho Kauan. Constatei que ele encontra-se na fase sensório-motor com 3 meses e 22 dias de vida.

Ele é uma criança muito estimulada por mim, pelo pai, pelos tios, avós, etc., pois como é a única criança na família, todos puxam muito por ele. Estimular é muito importante para o desenvolvimento da criança.

Observo que ele está bem mais ativo: olha, observa, acompanha com o olhar e responde com balbucios e risadinhas quando alguém conversa com ele; gosta de olhar e pôr as suas mãos e a fraldinha na boca; puxa a blusinha para a boca ficando de barriga de fora; gosta de olhar para tudo que é colorido; gosta da minha companhia (mãe); gosta de trocar de lugar; de bruços levanta a cabeça e os ombros; quando coloco uma fraldinha na frente dos seus olhos, já está percebendo que existe um mundo através da mesma, apesar dele não conseguir ver; está começando a dar gritinhos; quer cada vez mais atenção; já se vira sozinho na cama, atravessando-se na mesma; está começando a interagir com as pessoas, levando as mãos no rosto de quem está próximo a ele.

Assim, podemos dizer que essa fase é caracterizada pela experiência imediata através dos sentidos em que há interação com o meio, sendo esta experiência obtida com as ações, como por exemplo: sugar, agarrar, bater, atirar e chutar, já que as ações ocorrem antes do pensamento.

Obs: Esta interdisciplina está contribuindo muito para que eu entenda melhor o desenvolvimento do meu filho Kauan.

Os 4 estágios do desenvolvimento cognitivo...

O primeiro estágio, sensório motor que vai de 0 a 18 meses, se caracteriza por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem, ou seja, limita-se a capacidade de ações da realidade.
Neste estágio a criança ainda não representa mentalmente os objetos, sua interação com o meio é imediata sem representações ou pensamentos.
Por exemplo, meu filho Kauan quando recém nascido, agarrou os dedos do pediatra, apresentando bons reflexos, porém não foi interação pensada, planejada.
Então podemos dizer que este estágio caracteriza-se pela experiência imediata através da exploração dos sentidos.


O segundo estágio pré–operatório (2 aos 7 anos de idade), podemos dizer que este estágio caracteriza-se pelo surgimento da função simbólica, a representação da realidade, o jogo simbólico.
O pensamento da criança é egocêntrico, ou seja, não é capaz de lidar com opiniões diferentes das suas, é o “centro das atenções.”
Este seu pensamento é marcado pela intuição, pela percepção imediata da realidade e não pela lógica.
Outro aspecto central do pensamento pré-operatório é a irreversibilidade do pensamento. Nas palavras de Kesselring (1990, p. 6), “a criança não consegue reverter relações (como na relação direito-esquerda ou da relação ao oeste de...)” que para ela são absolutas. Ou seja, a criança não consegue “percorrer um caminho cognitivo (seguir uma série de raciocínios, uma série de transformações num determinado evento, etc.) e então inverter mentalmente a direção, para reencontrar um ponto de partida não modificado” (FLAVELL, 1975, P. 161).

O terceiro estágio, operatório-concreto (7/8 anos a 11/12 anos de idade) se inicia com a construção da capacidade de reversibilidade do pensamento, ou seja, a criança torna-se capaz de realizar ações metais, operar com coerência e lógica, diferenciando o real e a fantasia, aprendendo a colocar-se no lugar do outro, saindo então do egocentrismo, pois o real define possibilidades.
Podemos então dizer que nesse período são construídas as operações lógicas de classificação e seriação.


No quarto estágio operatório-formal (11/12 aos 14/15 anos de idade), a criança consegue estabelecer relações entre teorias, produzindo nelas transformações.
Conseqüentemente, é capaz de realizar pensamentos abstratos perante sua realidade.
O indivíduo manifesta seus interesses, dúvidas, certezas, idéias, formando assim sua identidade.

Portanto, ressalto que todos estes estágios são de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo, pois é através deles que o sujeito forma sua identidade.

Desenvolvimento cognitivo...

A partir da leitura do texto Epistemologia genética e construção do conhecimento de Tania Beatriz Iwaszko Marques, parei para refletir sobre os quatro estágios de desenvolvimento cognitivo descritos por Piaget.
Assim constatei que conforme as crianças vão evoluindo vão também aceitando os diferentes acontecimentos em sua vida, ajustando-se ao seu meio social, já que este influencia em seu desenvolvimento.
Este desenvolvimento cognitivo dá-se na relação com o meio, porém, ele é individual.
Dessa forma, podemos dizer que a maneira de pensar da criança, refletida no modo como lida com os problemas da realidade é que nos dirá em que período do desenvolvimento ela se encontra e não sua idade, pois não existe idade específica para cada estágio, porém estes se apresentam em uma seqüência constante, onde cada um engloba o anterior e o amplia.
Como cita Piaget, “a velocidade do desenvolvimento, no entanto, pode variar de um a outro indivíduo e também de um a outro meio social; conseqüentemente, podemos encontrar algumas crianças que avançam rapidamente ou outras que avançam lentamente, mas isso não muda a ordem de sucessão dos estágios pelos quais passam.”

sexta-feira, 17 de abril de 2009

APRENDIZAGEM

A partir da proposta da interdisciplina Desenvolvimento da Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, parei para refletir sobre minhas aprendizagens.
E sabendo que aprender não é apenas armazenar informações, porém extrair destas o suficiente para modificar, reinventar, ou seja, é preciso a interação do sujeito com o objeto para que haja transformação na maneira de pensar e agir, posso ressaltar uma experiência nova, difícil, mas maravilhosa que estou vivendo agora, SER MAMÃE.
Essa é uma aprendizagem que ocorre a todo o momento, em todo lugar, com interação entre mãe e filho e ambos com familiares e amigos.
Para a ocorrência desta, com certeza se fez necessário muita reflexão, pois é engraçado como nossa vida transforma-se completamente quando temos um bebezinho em casa.
Coisas simples como pegar no colo, dar mamá, trocar fraldas, ou até o primeiro banho, parecem ser um bicho de sete cabeças, algo impossível de se realizar, por se tratar de um ser tão pequenino e frágil, porém a necessidade nos obriga a seguir caminhos que nos leva a adquirir tais aprendizagens.
Posso citar então o primeiro banho, “o coisa difícil”, até pegar segurança para tal tarefa, que sempre tive vontade de aprender, mas não tinha tido oportunidades antes, então agora, precisei de alguém me ensinando e me ajudando no banho com o neném.
Minha mãe estava sempre presente, conversando, interagindo, ou seja, me orientando e ensinando com segurá-lo e lavá-lo sozinha, mas deixando com que eu o pegasse sem ter medo de deixá-lo cair ou machucá-lo, sendo o sujeito ativo nesta ação tão importante.
Dar mamá também foi muito difícil, já que tive “figo”, meus seios empedraram, e o sofrimento foi grande fazendo compressas de água quente e massagem embaixo do chuveiro, até que alguém me ensinou a tomar chá de cominho em grão. Pois este faz o leite descer, “desempedrando”.
Trocar fraldas foi mais fácil, uma vez que já possuía experiência. É até engraçado de se dizer, cada troca de fralda era uma caixinha de surpresa, pois o malandrinho só esperava abrir as fraldas para dar aquela molhadinha na mamãe. Aprendi também que não se troca fraldas após o mamá, pois balança muito o bebê e o faz regurgitar.
Logo, posso dizer que a tarefa mais difícil foi à organização do tempo, já que além de mãe, sou dona de casa, estudante e esposa.
Conseqüentemente, o que determina a ordem das atividades a serem realizadas é o bebê.
Tenho que esperar ele dormir para fazer as atividades domésticas, meus trabalhos da faculdade e tirar um tempinho para meu esposo, ou seja, não faço mais trabalhos da faculdade, passeios, almoço, durmo, tomo banho, lavo roupas e louças, limpo a casa, etc., quando quero, mas no intervalo de um mamá e outro, de uma troca de fraldas ou uma seção de cólicas.
Sendo assim, parti de um conhecimento nato que possuía e com a orientação e estimulo da minha mãe e demais familiares que me ajudaram nessa etapa, deixando eu ser o sujeito dessas ações, onde estas foram e estão sendo muito significativas para mim.
Conseqüentemente, esta foi uma nova aprendizagem, já que mudei minha maneira de pensar e agir, transformei minha prática diária, reinventando sempre maneiras de contornar as situações cotidianas.
Logo, toda essa dedicação é gratificante, amar e ser amada por um ser tão pequenininho e ao mesmo tempo tão grande em meu coração é uma benção que vale qualquer sacrifício. Todo trabalho, toda dificuldade, se resume em nada com apenas um sorriso.
Por conseguinte, posso afirmar que esta aprendizagem se deu através da interação (construtivismo), já que esse conhecimento assimilado, ao entrar no meu mundo, provocou, perturbações, e eu precisei refazer meus instrumentos de assimilação em função da novidade. Sendo eu o sujeito dessas ações.
Finalizo então este relato ressaltando que no construtivismo acredita-se que o conhecimento não está nem na pessoa que aprende e nem no objeto, mas que se constrói na interação desse sujeito com o objeto.

O conhecimento resulta das interações que ficam a meio caminho entre o sujeito e o objeto, dependendo dos dois ao mesmo tempo e não havendo trocas entre formas distintas (PIAGET, 1990).

Este é meu pequenino...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Inclusão de educação especial...

Quais seriam os caminhos para nós professores estarmos preparados para lidar com crianças com necessidades especiais em nossas salas de aula? (Roberta)

Quanto ao questionamento que a tutora Roberta me fez, citado à cima, penso que o caminho para nós professores estarmos preparados seria conhecermos um pouco mais dessa realidade através de bons cursos onde aprenderíamos um pouco sobre como trabalhar com crianças especiais.


Tu acreditas que todas as crianças possam estar na escola regular? (Roberta)

Essa inclusão ainda é nova e não tive experiência com crianças especiais, portanto fico em dúvida sobre o assunto em questão.
Entretanto, se eu fosse obrigada a lhe dar uma resposta hoje, diria que não acredito que todas as crianças possam estar na escola regular, mas muitas das crianças que freqüentam apenas escolas especiais, poderiam também freqüentar escolas regulares.
No caso das crianças com deficiências físicas, auditivas, com profissionais capacitados para tal tarefa sim, poderiam freqüentar escolas regulares, agora deficientes mentais, por exemplo, não, pois fico me perguntando como um professor com 25 alunos em uma sala de aula, conseguirá acompanhar e avaliar o desenvolvimento desses alunos.