O primeiro estágio, sensório motor que vai de 0 a 18 meses, se caracteriza por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem, ou seja, limita-se a capacidade de ações da realidade.
Neste estágio a criança ainda não representa mentalmente os objetos, sua interação com o meio é imediata sem representações ou pensamentos.
Por exemplo, meu filho Kauan quando recém nascido, agarrou os dedos do pediatra, apresentando bons reflexos, porém não foi interação pensada, planejada.
Então podemos dizer que este estágio caracteriza-se pela experiência imediata através da exploração dos sentidos.
O segundo estágio pré–operatório (2 aos 7 anos de idade), podemos dizer que este estágio caracteriza-se pelo surgimento da função simbólica, a representação da realidade, o jogo simbólico.
O pensamento da criança é egocêntrico, ou seja, não é capaz de lidar com opiniões diferentes das suas, é o “centro das atenções.”
Este seu pensamento é marcado pela intuição, pela percepção imediata da realidade e não pela lógica.
Outro aspecto central do pensamento pré-operatório é a irreversibilidade do pensamento. Nas palavras de Kesselring (1990, p. 6), “a criança não consegue reverter relações (como na relação direito-esquerda ou da relação ao oeste de...)” que para ela são absolutas. Ou seja, a criança não consegue “percorrer um caminho cognitivo (seguir uma série de raciocínios, uma série de transformações num determinado evento, etc.) e então inverter mentalmente a direção, para reencontrar um ponto de partida não modificado” (FLAVELL, 1975, P. 161).
O terceiro estágio, operatório-concreto (7/8 anos a 11/12 anos de idade) se inicia com a construção da capacidade de reversibilidade do pensamento, ou seja, a criança torna-se capaz de realizar ações metais, operar com coerência e lógica, diferenciando o real e a fantasia, aprendendo a colocar-se no lugar do outro, saindo então do egocentrismo, pois o real define possibilidades.
Podemos então dizer que nesse período são construídas as operações lógicas de classificação e seriação.
No quarto estágio operatório-formal (11/12 aos 14/15 anos de idade), a criança consegue estabelecer relações entre teorias, produzindo nelas transformações.
Conseqüentemente, é capaz de realizar pensamentos abstratos perante sua realidade.
O indivíduo manifesta seus interesses, dúvidas, certezas, idéias, formando assim sua identidade.
Portanto, ressalto que todos estes estágios são de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo, pois é através deles que o sujeito forma sua identidade.
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