segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eixo 1 e 4...

Revisitando os eixos 1 e 4, encontrei as interdisciplinas de seminário integrador I, seminário integrador IV e Escola, projeto político pedagógico , que me fizeram recordar a importância do do despertar do professor, isto é, a importância de nós professores questionarmos nossos alunos, estimulando-os a buscarem um determinado conhecimento que querem obter. Muitas vezes, talvez por ser mais cômodo ou por medo dos questionamentos dos mesmos preferimos dar a resposta “pronta”, a qual não despertará neles a curiosidade de ir além; em vez de incentivá-los a pesquisarem, criarem suas próprias hipóteses e conclusões.
Do mesmo modo, essa interdisciplina fez com que eu refletisse sobre a importância de não influenciarmos nossos educandos com nossas opiniões, já que fazemos muitas vezes com que eles pensem da mesma maneira que nós, se espelhando assim no professor.
Complementando, ressalta a autora Íris Temple Costa e Beatriz Corso Magdalena do texto: Qual é a questão? “nós professores estamos acostumados a pensar pelos alunos – antecipamos tudo o que ele pode ou deve saber, definimos os problemas, os objetivos e as soluções e temos um tempo preestabelecido para as atividades.”
Assim, devemos nos avaliar, passando pela desestruturação e reestruturação de argumentos e de posições, auxiliados pelas questões colocadas pelos alunos para que possamos atingir o desenvolvimento da inteligência e da construção de novos conhecimentos.
Nesse sentido, faz-se necessário um mediador que valoriza as diferentes aprendizagens das crianças; que vê a criança como sujeito ativo, que compara, reformula hipóteses, cria, recria, transforma de acordo com seu nível de desenvolvimento.
Pois o professor deve ser apenas mediador, abrindo novos caminhos mediante questões desafiadoras.
Como lembra o autor Kishimoto,
“Sabe-se, hoje, que o desenvolvimento intelectual não consiste em acumular informações, mas, sim, em reestruturar as informações anteriores, quando estas entram num novo sistema de relações. O conhecimento é adquirido por um processo de natureza assimiladora e não simplesmente registradora (Kishimoto, P.94).”
Sendo assim, esses estudos me fizeram perceber a importância de valorizarmos as questões/curiosidades de nossos alunos, reorganizando assim a minha prática docente. Passei então a “questionar para desestabilizar, para provocar discussões, reflexões, análises e críticas passam a ser entendidas, também, como essenciais para preparar o que chamamos de CIDADÃO.” Como cita Beatriz Magdalena e Íris Costa no texto: O que é isto? Página 4.
Logo, destaco que a postura do professor como mediador/questionador/estimulador do conhecimento institui relação com meu TCC.

Revisitando o eixo 3...

Na revisita ao eixo 3, me chamou atenção a interdisciplina de Teatro e Educação, a qual me oportunizou reflexões sobre o teatro e seu próprio corpo de conteúdos (por exemplo, coordenação motora, raciocínio, expressão corporal, movimento estático, improvisação...), ou seja, o ensino artístico com caráter epistemológico, como ressalta, Cleusa Machado no texto “Aula de Teatro é Teatro?”.
Enfatizo, teatro engloba as mais diversas expressões corporais (movimentos, gestos), agrupamento, emoção, além de auxiliar no desenvolvimento de atividades no próprio processo de ensino e em compreensão de conteúdos das demais disciplinas.
Outro fato que me chamou a atenção no texto citado a cima de Cleusa Machado foi quando a autora citou que “o princípio gerador do fenômeno teatral é a intencionalidade, pois para o teatro acontecer é preciso que haja uma intenção ou uma vontade que faça produzir um parecer ser”, isso acontece na maioria das vezes em nossas práticas uma intenção ao desenvolver as atividades.
Segundo Cleusa Machado, em uma aula de teatro faz-se muito o uso do improviso, jogos teatrais e dramáticos e movimentos expressivos, já que temporariamente, institui-se um espaço que não é a vida real, produz-se uma realidade assume-se outras personalidades, assumindo gestos e movimentos que não são do seu cotidiano, desenvolvendo a criatividade e a livre expressão.
Logo, explica a autora “Ana Carolina Muller Fuchs” no texto “Formas de abordagem dramática na Educação”, que o “aluno-ator reconstrói uma nova forma de agir em cena e pensar, fazendo relações entre o mundo cotidiano e a cena, construindo uma nova maneira de representar e refletir sobre suas ações e o ambiente em que vive”.
O improviso é de suma importância no teatro, porque consiste em compor uma cena sem preparo ou combinação prévia, é algo inventado no calor da ação pelo ator no presente momento do fazer teatral.
Os jogos teatrais é um sistema de aprendizado da linguagem teatral, trazendo para o plano material o que há no plano das intenções, imagens, sensações e pensamentos. Jogos dramáticos envolvem a experiência com o corpo e a vivência de uma situação imaginária.
Três elementos fundamentais para construir o ato teatral, segundo Guinsburg, são: texto (conjunto de elementos aos quais são atribuídos um significado e, portanto, possíveis leituras e não só o texto dramático); o ator (indivíduo que concretiza um determinado papel, assumindo uma outra personalidade, desempenhando atitudes, gestos e movimentos que não são do seu cotidiano e sim criados, inventados para o ato teatral); público (espectador, pois somente quando alguém assisti se completa a ação teatral).
Ana Carolina Muller Fuchs cita no texto “Formas de abordagens dramáticas na educação” que, é preciso ter muito cuidado nas apresentações de espetáculos, por parte dos alunos, pois crianças muito pequenas que ainda não construíram relações de público e platéia, podem criar uma noção distorcida do fazer teatral, ou inibindo-se e sentindo-se constrangidas pelo momento ou criando um comportamento exibicionista.
Resumidamente podemos dizer que o evento teatral é o encontro de alguém que comunica algo e outro que aceita e assisti.
Ainda segundo a autora Ana Carolina Muller Fuchs:
“[...] o jogo promove uma liberação emocional e o autoconhecimento. O jogo dramático se caracteriza pela livre expressão, por um discurso espontâneo que é cada vez mais desenvolvido pela improvisação e interpretação [...]”.
A partir deste, compreendi que jogo dramático não abrange somente as dramatizações de histórias, mas sim as brincadeiras e jogos, além dos mais variados jogos dramáticos. É praticamente impossível falar de jogos dramáticos, contação de histórias, artes, literatura, música sem destacarmos também a ludicidade na sala de aula, como proporcionarmos estas atividades sem falarmos do prazer que a criança sentira em ser o sujeito ativo da ação? Como não relacioná-las a seus sentimentos e suas concepções?
Desse modo, o papel do professor passa a ser mediador, isto é, orientar a atividade de forma que o aluno aprenda com prazer, mediando para que se tenha um equilíbrio entre o cumprimento da proposta pedagógica e o desenvolvimento do processo de aquisição de conhecimento do aluno de forma lúdica.
Para ocorrer o teatro é preciso em primeiro âmbito que a criança tenha espontaneidade para realizar a atividade, e que ela sinta prazer de viver o aqui - agora, liberando sua criatividade, pois os jogos cênicos são feitos e construídos a partir desta.
Conseqüentemente, afirmo que se podem construir conhecimentos através dos jogos dramáticos ou das expressões corporais, porém, para isso é necessário o fazer de conta, a fantasia, o sonho, o encantamento da criança, para o desenvolvimento da mesma e assim proporcionar-lhe o devido prazer, desenvolvendo inclusive a autonomia.
Portanto, nos aspectos citados a cima, relaciona-se com meu TCC.

domingo, 12 de setembro de 2010

Revisitando os eixos 5 e 6...

Revisitando os eixos 5 e 6 do Pead, encontrei na interdisciplina de psicologia 2, os estágios de desenvolvimento cognitivo descritos por Piaget, os quais relacionam-se com o tema do meu TCC. Por exemplo, o estágio pré- operatório caracteriza-se pelo surgimento da função simbólica, a representação da realidade, o jogo simbólico, o faz-de-conta, o qual surge por volta 2/3 anos quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, assim como expressar seus sonhos e fantasias e as regras implícitas que se materializam nos temas das brincadeiras.
Sendo assim, a brincadeira de faz-de-conta é importante para a criança, através dela a criança coloca-se num lugar de poder, como por exemplo, de super-herói que resolve os conflitos ajudando-a a construir sua autoconfiança, além de superar obstáculos da vida real, como adaptar-se em ambiente diferente, vestir-se, comer alimentos sem deixar cair, enfim, possui o controle que não possui na realidade, pois são submetidas às regras/controle dos adultos.
Porém, em relação ao papel de super-herói é também vista como incentivo a violência, enquanto, deveria ser considerada como numerosa oportunidade para a criança obter sentido de domínio, assim como benefício associado ao jogo dramático, pois ainda no faz-de-conta a criança aumenta suas habilidades lingüísticas, aprendem a solucionar melhor os problemas e desenvolver a cooperação, expõem seus medos, inseguranças, desejos, experiências, isto é, constroem uma ponte entre fantasia e realidade.

sábado, 4 de setembro de 2010

Revisitando o eixo 2...

Revisitando os eixos 1, 2 e 3 do pead, me chamou atenção a interdisciplina de psicologia I, onde falamos muito do construtivismo e do erro ter um papel fundamental para a aprendizagem das crianças, pude inclusive lembrar do meu projeto de estágio e arquitetura pedagógica, pois para realização do mesmo (estágio docente) utilizei todo meu conhecimento adquirido no trabalho, na vida pessoal, no Pead..., baseando em uma proposta construtivista.
Pois, segundo Piaget, o desenvolvimento ocorre de forma em que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas nos períodos posteriores, ou seja, o desenvolvimento cognitivo e todas as construções do sujeito servem de base a outras, iniciando após o nascimento, já que adquirimos distintos conhecimentos na convivência com os outros durante nossa vida.
Procurei então, durante meu estágio, valorizar a experiência dos alunos, respeitando sua realidade, tempo de construção do conhecimento, ou seja, abrir espaço para que meu aluno interaja com meio e com o outro, tornando-se sujeito ativo nesse processo.
Logo, oferecendo a ele também a oportunidade de errar, pois o erro faz-se necessário para a construção do conhecimento, a partir dele surgem dúvidas, hipóteses, fazendo com que o indivíduo reflita. “O conhecimento resulta das interações que ficam a meio caminho entre o sujeito e o objeto, dependendo dos dois ao mesmo tempo e não havendo trocas entre formas distintas (PIAGET, 1990)”.
Piaget também diz que “a velocidade do desenvolvimento, no entanto, pode variar de um a outro indivíduo e também de um a outro meio social”, conseqüentemente, podemos encontrar algumas crianças que avançam rapidamente ou outras que avançam lentamente.
De tal modo, assumi o papel de orientador-mediadora oportunizando condições para que meu aluno participasse das aulas/atividades através do diálogo e cooperação (trabalhando também em grupo); facilitadora da aprendizagem, dando assistência a meus alunos sempre que precisaram, respeitando cada uma de suas especificidades, sua realidade, conhecimentos prévios, ou seja, tratando-os sem diferenciações, aceitando-os tal como eles são.
Por isso, procurei ainda trabalhar com materiais concretos, trazendo para sala de aula algo do interesse dos mesmos, pois como destaca Paulo Freire no vídeo “A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freireana” “aprende-se só quando o que se aprende é significativo para agente”.
Portanto, acredito ser fundamental valorizar a experiência/realidade do educando, a interação (professor X aluno X mundo), método ativo, no qual o aluno é sujeito ativo obtendo responsabilidades na construção de seu próprio conhecimento, desencadeando assim o desenvolvimento da autonomia.