terça-feira, 22 de setembro de 2009

Contribuição as indagações da tutora Rô sobre as múltiplas linguagens...

Indagações da tutora Rosângela em relação à postagem múltiplas linguagens:

“Toda essa reflexão nos permite pensar o espaço da sala de aula, onde muitas vezes privilegiamos um único modo de expressão da língua (colocando-o como modelo), sem levar em conta a multiplicidade de variedades lingüísticas e de objetivos implicados na comunicação, ou seja, a escola precisa trabalhar com essa diversidade, "incorporando ao currículo essas demandas sociais e culturais, buscando meios para responder a elas". De que modo o professor pode fazer isso? Como a escrita e a oralidade devem ser encaradas pelo professor?”


Penso que nós professores, como vimos nessa interdisciplina através do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” de Angela B. Kleiman, devemos começar valorizando as experiências de nossos alunos, suas realidade de vida, isto é, aproveitar as distintas culturas existentes na própria sala de aula e desenvolver o letramento social, oportunizando assim a participação/interação dos alunos para que aprimorem sua consciência crítica seguindo atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento de sua autonomia.
Acredito ser uma boa sugestão, para colocarem prática o que foi descrito a cima, utilizarmos materiais distintos, que claro, estejam presentes no dia a dia dos educandos, por exemplo, folders, jornais, revistas, livros, etc., pois assim estaríamos partindo de algo que eles já possuem um conhecimento prévio.

EJA...

A partir dos estudos da interdisciplina Educação de Jovens e Adultos, parei para refletir sobre a diferença existente entre a educação tradicional e a EJA.
Pude entender essa diferença na aula presencial com a professora Anézia Vieiro, onde ela explicou que na primeira (educação tradicional), nós educadores educamos os sujeitos para a vida/mundo, e na segunda (EJA), os indivíduos adultos já são experimentados pela vida, mas não tem o domínio da leitura e da escrita, pois em algum momento afastaram-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais.
Entre esses fatores, destaca-se o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou a repetência escolar.
Podemos então dizer que a EJA vem atuar no campo dessas desigualdades, buscando possibilitar maior igualdade social através do desenvolvimento intelectual dos envolvidos.
“Por esta função, o indivíduo que teve sustada sua formação, qualquer tenha sido a razão, busca restabelecer sua trajetória escolar de modo a readquirir a oportunidade de um ponto igualitário no jogo conflitual da sociedade.” (Jamil Cury, pág. 10).
Assim sendo, nós professores devemos sem dúvida trabalhar a partir das experiências dos adultos, isto é, da realidade deles, buscando um currículo integrado como vimos na interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação.
Para que isso aconteça faz-se necessário o uso do diálogo, ou seja, trata-se de produzir significado ao que é falado, oportunizando a participação/interação de todos com suas singularidades e especificidades em sala de aula.Desta maneira, concluo que a Educação de Jovens e Adultos (EJA), enquanto modalidade educacional que atende a educandos - trabalhadores têm como objetivo o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CURRÍCULO INTEGRADO...

A partir da leitura do fragmento de Hilton Japiassu, onde nos relata da compartimentalização dos saberes e da importância do trabalho integrado e conciliando com o texto “As origens da modalidade de Currículo Integrado” de Jurjo Santomé, podemos refletir sobre os processos de produção Taylorismo e Fordismo, bem como suas relações com o sistema escolar.
Neste processo, podemos constatar que tanto no campo produtivo (trabalho) quanto no sistema educacional, o Fordismo e Tylorismo se restringem a uma gestão hierárquica, onde alguns decidem e outros obedecem sem terem o direito de participação, ou seja, no sistema educacional, por exemplo, os estudantes e professores eram impossibilitados de interferir nos processos educacionais aos quais participavam, aceitando-lhes o que lhes eram impostos.
Segundo o autor Santomé:
“A Taylorização no âmbito educacional fez com que nem professores nem alunos possam participar dos processos de reflexão crítica sobre a realidade.” (1998, p.9).
Assim sendo, os conteúdos trabalhados em aula proporcionavam a memorização, isto é, sem nexo com a realidade, pois as disciplinas eram trabalhadas isoladamente.
No entanto, com o passar dos anos foi imprescindível buscar a globalização, a flexibilidade e a descentralização, já que, como cita Santomé “[...] as estratégias de competitividade e de melhora da qualidade nas empresas, exigiam das instituições escolares compromissos para formar pessoas com conhecimentos, destrezas, procedimentos e valores de acordo com esta nova filosófica econômica” (1998, p.19).
Como isso refletiu no sistema educacional, fez-se necessário valorizar as aprendizagens dos alunos, estabelecendo conexões com a realidade/experiência de vida deles, assim como a qualificação dos educadores, buscando um currículo integrado, ou seja, democracia, participação de todos.
Portanto, acredito que devemos valorizar as opiniões e experiências de toda comunidade escolar para que se consiga implantar o currículo integrado, buscando assim o desenvolvimento da autonomia e criticidade em que tanto se fala.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

LIBRAS- Língua de sinais brasileira...

Na aula presencial da interdisciplina de LIBRAS, nessa quinta-feira, a professora nos mostrou um pouco sobre essa língua.
Nessa aula percebi que ao contrário do que eu pensava não é correto dizer linguagem de sinais e sim língua de sinais, pois linguagem é mais ampla, abarca várias línguas.
Descobri também que surdo não é o mesmo que deficiente auditivo, já que o primeiro é a pessoa que nasce surda e o segundo é o indivíduo que vai perdendo a audição com tempo.
A língua de sinais não é puramente mímica e gestos nos quais os surdos utilizam para se comunicar, ela possui gramática específica, própria.
Essa língua não é universal, cada país possui a sua língua de sinais conforme sua cultura, por isso a nossa é LIBRAS - linguagem de sinais brasileira.
Essa língua possui alguns parâmetros que formam os sinais: configuração das mãos – os sinais podem ser realizados com uma ou duas mãos, ao todo são 26 letras alfabeto manual e 61 configurações de mão; ponto de articulação- o lugar onde é feito o sinal, perto ou não do corpo; movimento – os sinais podem ter ou não movimentos; expressão facial e/ou corporal – são essenciais para o entendimento do sinal, funciona como uma entonação de voz; orientação/direção – o comando do movimento do sinal, ou seja, para onde movimenta esquerda, direita, etc.
O alfabeto manual/soletração é utilizado para expressar nomes de pessoas, cidades, ruas, etc., ou palavras que não possuem um sinal próprio.
Existem ainda muitos sinais semelhantes que são definidos pelo contexto ou pela expressão facial/corporal e palavras simples que utilizam dois sinais ou vice-versa.
Além de tudo que foi descrito até aqui descobri ainda, nessa aula, que existe o dia do surdo, o qual é comemorado no dia 26 de setembro, aprovado pela LEI Nº 11.796 em 29 de outubro de 2001.
Logo, concluo que esta deve ser lembrada e respeitada por todos, pois os surdos são pessoas tão capazes quanto às ouvintes e esta língua é tão importante quanto o português.

MÚLTIPLAS LINGUAGENS...

Após o estudo do texto “A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais” de Dalla Zen e Trindade solicitada pela interdisciplina Linguagem e Educação, parei para pensar nas diferenciações que ocorrem na fala, na escrita e na leitura.
Neste a autora destaca que:
O discurso sofre controle exter­no e interno dentro de sistemas de apropriação, doutrinas e sociedades de discurso, sendo que as proibições podem ser sobre o assunto a ser explorado, a circunstância de fala, os sujeitos envolvidos, os comentários produzidos e a coerência da nossa identidade como autores, conforme regras aceitas como "verdadeiras" para produzi-los (Foucault, 1998).
Ou seja, não fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito, porque na verdade o indivíduo adapta-se conforme as tradições, cultura, gírias, época.
Por exemplo, ao escrever uma cara a uma amiga ou em bate papo pelo MSN, não utilizamos formalidades, já em um trabalho acadêmico, o workshop, procuramos seguir as normas gramaticais, pontuação conforme o registro oficial.
Quanto à oralidade fazemos o uso das expressões corporais que ajudam muito a esclarecer a mensagem em que queremos passar aos ouvintes. Essa linguagem também sofre alterações perante o lugar ou ao determinado ouvinte.
Essas mudanças dependem também da época, por exemplo, algumas gírias empregadas antigamente, muitos jovens hoje não sabem o significado e vice-versa.
Lembro-me de um trabalho que realizei com a 4ª série do ensino fundamental de oito anos, onde os alunos pesquisaram, escreveram e criaram cartazes sobre a linguagem coloquial (a usada por eles) e a formal (conforme o registro oficial), além de destacarem gírias de antigamente e as atuais. Para finalizar o trabalho eles socializaram com a outra 4ª série existente na escola.
Portanto, com base no que foi descrito até aqui, ressalto que o processo da fala e leitura, estão em constante transformação, devido à cultura, as tradições da sociedade e como destacam as autoras “a escola enfrenta o desafio de incorporar ao currículo essas demandas sociais e culturais e de articular meios para responder a elas”.


BIBLIOGRAFIA:
ZEM, Maria Isabel Trindade; Lole Faviero Trindade. Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais. 2002.



quarta-feira, 1 de julho de 2009

Preconceito e Descriminação...

Em nossas instituições educacionais hoje, ainda encontramos muitos preconceitos de gênero, etnia, etc., como, por exemplo, quando as crianças colocam apelidos maliciosos uns nos outros, chamando alguém de negrinho, pretinho, gordinho, seco, bujãozinho, cabelo de Bombril, ou quando recusa sentar ao lado de alguém...
Para acabar ou minimizar esta discriminação e preconceitos, precisamos trabalhar com o intuito de conscientizar nossos educandos de que em nosso país existem distintas culturas, etnias, histórias que devem ser respeitadas por todos os indivíduos.
Deste modo, estaremos atenuando estes preconceitos e discriminações, modificando então as relações entre os sujeitos, tornando a escola um espaço sócio interativo, onde formaremos cidadãos respeitam as diferenças.