segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CURRÍCULO INTEGRADO...

A partir da leitura do fragmento de Hilton Japiassu, onde nos relata da compartimentalização dos saberes e da importância do trabalho integrado e conciliando com o texto “As origens da modalidade de Currículo Integrado” de Jurjo Santomé, podemos refletir sobre os processos de produção Taylorismo e Fordismo, bem como suas relações com o sistema escolar.
Neste processo, podemos constatar que tanto no campo produtivo (trabalho) quanto no sistema educacional, o Fordismo e Tylorismo se restringem a uma gestão hierárquica, onde alguns decidem e outros obedecem sem terem o direito de participação, ou seja, no sistema educacional, por exemplo, os estudantes e professores eram impossibilitados de interferir nos processos educacionais aos quais participavam, aceitando-lhes o que lhes eram impostos.
Segundo o autor Santomé:
“A Taylorização no âmbito educacional fez com que nem professores nem alunos possam participar dos processos de reflexão crítica sobre a realidade.” (1998, p.9).
Assim sendo, os conteúdos trabalhados em aula proporcionavam a memorização, isto é, sem nexo com a realidade, pois as disciplinas eram trabalhadas isoladamente.
No entanto, com o passar dos anos foi imprescindível buscar a globalização, a flexibilidade e a descentralização, já que, como cita Santomé “[...] as estratégias de competitividade e de melhora da qualidade nas empresas, exigiam das instituições escolares compromissos para formar pessoas com conhecimentos, destrezas, procedimentos e valores de acordo com esta nova filosófica econômica” (1998, p.19).
Como isso refletiu no sistema educacional, fez-se necessário valorizar as aprendizagens dos alunos, estabelecendo conexões com a realidade/experiência de vida deles, assim como a qualificação dos educadores, buscando um currículo integrado, ou seja, democracia, participação de todos.
Portanto, acredito que devemos valorizar as opiniões e experiências de toda comunidade escolar para que se consiga implantar o currículo integrado, buscando assim o desenvolvimento da autonomia e criticidade em que tanto se fala.

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Catiane,

A sociedade se modifica com o tempo e passa a exigir mudanças também no sistema educacional, conforme tu mesma destacaste em tua postagem.

Partindo dessa reflexão, te convido a pensar sobre os seguintes questionamentos: considerando o modelo educacional atual, acreditas que não ficaram marcas do Fordismo e do Tylorismo?
Há efetivamente um currículo integrado na escola? Como compreendes essa noção de 'currículo integrado'?

Seguimos dialogando!
Beijos, Rô Leffa