sábado, 27 de outubro de 2007

Teatro

Com base nas leituras realizadas até agora, pude perceber que teatro apesar de ainda ser visto por muitos, como era visto também por mim, simplesmente uma brincadeira, uma descontração, hoje é uma disciplina, com seu próprio corpo de conteúdos (por exemplo, coordenação motora, raciocínio, expressão corporal, movimento estático...), ou seja, o ensino artístico agora tem caráter epistemologia.
O princípio gerador do fenômeno teatral é a intencionalidade, pois para o teatro acontecer é preciso que haja uma intensão ou uma vontade que faça produzir um parecer ser.
Em uma aula de teatro faz-se muito o uso do improviso, jogos teatrais e dramáticos e movimentos expressivos, já que temporariamente, institui-se um espaço que não é a vida real, produz-se uma realidade assume-se outras personalidades, assumindo gestos e movimentos que não são do seu cotidiano, desenvolvendo a criatividade e a livre expressão.
O improviso é de suma importância no teatro, porque consiste em compor uma cena sem preparo ou combinação prévia, é algo inventado no calor da ação pelo ator no presente momento do fazer teatral.
Os jogos teatrais é um sistema de aprendizado da linguagem teatral, trazendo para o plano material o que há no plano das intenções, imagens, sensações e pensamentos. Jogos dramáticos envolvem a experiência com o corpo e a vivência de uma situação imaginária.
É preciso ter muito cuidado nas apresentações de espetáculos, por parte dos alunos, pois crianças muito pequenas que ainda não construíram relações de público e platéia, podem criar uma noção distorcida do fazer teatral, ou inibindo-se e sentindo-se constrangidas pelo momento ou criando um comportamento exibicionista.
O evento teatral é o encontro de alguém que comunica algo e outro que aceita e assisti.
Três elementos fundamentais para construir o ato teatral, segundo Guinsburg, são: texto (conjunto de elementos aos quais são atribuídos um significado e, portanto, possíveis leituras e não só o texto dramático); o ator (indivíduo que concretiza um determinado papel, assumindo uma outra personalidade, desempenhando atitudes, gestos e movimentos que não são do seu cotidiano e sim criados, inventados para o ato teatral); público (espectador, pois somente quando alguém assisti se completa a ação teatral).

Um comentário:

Nadie Christina disse...

Está muito interessante esta postagem, onde inclues a teoria para reforçar os teus argumentos. Continue assim, buscando elementos que confirmem as "novas certezas". Um grande abraço, Profa. Nádie