Revisitando os eixos 1, 2 e 3 do pead, me chamou atenção a interdisciplina de psicologia I, onde falamos muito do construtivismo e do erro ter um papel fundamental para a aprendizagem das crianças, pude inclusive lembrar do meu projeto de estágio e arquitetura pedagógica, pois para realização do mesmo (estágio docente) utilizei todo meu conhecimento adquirido no trabalho, na vida pessoal, no Pead..., baseando em uma proposta construtivista.
Pois, segundo Piaget, o desenvolvimento ocorre de forma em que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas nos períodos posteriores, ou seja, o desenvolvimento cognitivo e todas as construções do sujeito servem de base a outras, iniciando após o nascimento, já que adquirimos distintos conhecimentos na convivência com os outros durante nossa vida.
Procurei então, durante meu estágio, valorizar a experiência dos alunos, respeitando sua realidade, tempo de construção do conhecimento, ou seja, abrir espaço para que meu aluno interaja com meio e com o outro, tornando-se sujeito ativo nesse processo.
Logo, oferecendo a ele também a oportunidade de errar, pois o erro faz-se necessário para a construção do conhecimento, a partir dele surgem dúvidas, hipóteses, fazendo com que o indivíduo reflita. “O conhecimento resulta das interações que ficam a meio caminho entre o sujeito e o objeto, dependendo dos dois ao mesmo tempo e não havendo trocas entre formas distintas (PIAGET, 1990)”.
Piaget também diz que “a velocidade do desenvolvimento, no entanto, pode variar de um a outro indivíduo e também de um a outro meio social”, conseqüentemente, podemos encontrar algumas crianças que avançam rapidamente ou outras que avançam lentamente.
De tal modo, assumi o papel de orientador-mediadora oportunizando condições para que meu aluno participasse das aulas/atividades através do diálogo e cooperação (trabalhando também em grupo); facilitadora da aprendizagem, dando assistência a meus alunos sempre que precisaram, respeitando cada uma de suas especificidades, sua realidade, conhecimentos prévios, ou seja, tratando-os sem diferenciações, aceitando-os tal como eles são.
Por isso, procurei ainda trabalhar com materiais concretos, trazendo para sala de aula algo do interesse dos mesmos, pois como destaca Paulo Freire no vídeo “A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freireana” “aprende-se só quando o que se aprende é significativo para agente”.
Portanto, acredito ser fundamental valorizar a experiência/realidade do educando, a interação (professor X aluno X mundo), método ativo, no qual o aluno é sujeito ativo obtendo responsabilidades na construção de seu próprio conhecimento, desencadeando assim o desenvolvimento da autonomia.
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2 comentários:
Oi Catiane,
Retomaste, em tua postagem, conceitos importantes para se pensar a prática pedagógica: desenvolvimento cognitivo, erro, autonomia, interação. É fundamental ter sempre presente tais concepções pois elas norteiam nosso modo de pensar, de compreender, de analisar o ensino e a aprendizagem. Acredito que essa base te ajudou bastante no teu estágio. Considerando a temática do teu TCC, consegues vislumbrar possibilidades de articulação entre o foco de tua pesquisa e as questões trazidas de Piaget?
Seguimos dialogando!
Beijos, Rô Leffa.
Olá Rô!!!!
O jogo é considerado como instrumento possibilitador do conhecimento, oportunizando ao aluno criar e recriar, fazendo-se necessário um mediador que valoriza as diferentes aprendizagens das crianças, que vê a criança como sujeito ativo, que compara, reformula hipóteses e transforma de acordo com seu nível de desenvolvimento.
Segundo Kishimoto,
“[...] A idéia de um ser humano relativamente fácil de moldar e dirigir a partir do exterior foi progressivamente substituído pela idéia de um ser humano, que seleciona, assimila, processa, interpreta e confere significações aos estímulos e configurações de estímulos” (Coll, 1994:100 apud Kishimoto).
Ou seja, aprendizagens através de jogos, brincadeiras, enfim, o construtivismo faz-se presente no tema que escolhi para o TCC.
Ressalto também, segundo Kishimoto,
“Ao permitir a ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensório-motoras (físico), e as trocas nas intenções (social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas múltiplas inteligências, contribuindo para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil.” (Kishimoto, P. 36)
Ah, na postagem dos eixos 4, 5 e 6, destaquei um pouco do desenvolvimento cognitivo, do jogo de faz-de-conta, por exemplo. Nessa percebe-se também um pouco sobre a importância desses jogos para as crianças e a presença do construtivismo.
Espero ter conseguido responder seu questionamento, abraços!!!!
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