Na última semana de aula a atividade que mais me chamou atenção foi a do dominó, realizada da seguinte forma, com o objetivo de relacionar número e quantidade:
1º) Na grande roda levei uma peça de dominó grande, confeccionada por mim de papel cartaz, porém com as bolinhas da numeração móveis e as coloquei no centro da roda. Assim fui pedindo para os alunos que colocassem determinada quantia de bolinhas na peça de dominó, outros retiravam a quantia que eu pedia e outros ainda contavam no total (os dois lados da peça de dominó).
2º) Jogamos dominó da seguinte maneira:
Entreguei uma peça para cada aluno uma deixei no centro da roda, então eles tiveram que relacionar a quantidade da peça do centro da roda com a que tinham em mãos para saber de quem era a vez de jogar, quem tinha a peça a ser encaixada ali. Foi bem interessante, pois os alunos somavam a quantia total de bolinhas para encaixar sua peça, por exemplo, o aluno V. tinha na mão a peça dois e dois, então a encaixou na peça do centro da roda que havia 4 bolinhas.
3º) Realizaram a atividade em folha/Xerox, onde eles deveriam escrever a quantidade de bolinhas existentes em cada lado da pedrinha do dominó, alguns alunos em vez de somar cada lado separadamente somaram a quantia total de bolinhas existentes em cada pedra do dominó.
Depois, a atividade onde eles deveriam desenhar em cada pedra de dominó a quantidade de bolinhas indicadas, nessa atividade os alunos desenhar conforme o solicitado.
Posso então dizer que alcancei meu objetivo, de os alunos relacionarem número e quantidade, pois mesmo os alunos que somavam os dois lados da pedrinha estavam relacionando o número e a quantidade e percebi que alguns alunos já estão somando.
Nessa aula podemos perceber claramente que as crianças estão na fase pré – operatório, pois se encontram em um mundo de fantasia onde os primeiros sinais simbólicos começam a surgir para após então elaborar o raciocínio lógico.
Segundo Piaget (2002), o pensamento da criança, nesse estágio, não se constitui por logicidade, no caso do dominó, elas centram seu pensamento em apenas um aspecto do fato observado, o de relacionar o número a quantidade, ou seja, juntar a peça com a mesma quantidade de bolinhas.
terça-feira, 22 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Escrever espelhado...
Semana passada estava com uma grande dúvida sobre corrigir a criança que escreve espelhado, agora sei que estudos realizados por Emilia Ferreira revelam que isso não trará problemas no desenvolvimento da criança, pois ela ainda está construindo seu conhecimento e se encontra na fase definida por Piaget como pré-operatório, na qual umas características é a irreversibilidade do pensamento. Nas palavras de Kesselring (1990, p. 6), “a criança não consegue reverter relações (como na relação direito-esquerda ou da relação ao oeste de...)” que para ela são absolutas. Ou seja, a criança não consegue “percorrer um caminho cognitivo (seguir uma série de raciocínios, uma série de transformações num determinado evento, etc.) e então inverter mentalmente a direção, para reencontrar um ponto de partida não modificado” (FLAVELL, 1975, P. 161).
Assinar:
Postagens (Atom)